quarta-feira, 24 de julho de 2013

IAG-USP - Segundo dia

Manhã

* Astronomia Dinâmica - Profa. Tatiana Michtchenko



Abordou um breve histórico da Astronomia, passando por Ptolomeu, Copérnico, Kepler, Galilei e Isaac Newton, desde o heliocentrismo, o geocentrismo e as leis da mecânica terrestre e celeste.

Foi feita referência de todo o embasamento matemático para a avaliação da dinâmica dos corpos celestes, o que pôde, dentre outras coisas, prever, quando do estudo do movimento de Urano, prever a existência de outro planeta próximo, Netuno, descoberto tempos depois.

O Cinturão de Asteróides existe porque Júpiter, por sua atuação gravitacional, impediu que estes fragmentos se reunissem e formassem um novo planeta. Também sobre asteroides, cabe resslatar que no estudo de suas trajetórias foi formatada a Escala de Torino (The Torino Scale), que mede a probabilidade de um corpo destes se chocar com a Terra com cores: desde o branco (sem perigo), verde (normal), amarelo (atenção), laranja (cuidado) e vermelho (1005 de chance de colisão).

O asteroide Apophis, com 400 m de diâmetro, apresenta alta probabilidade de colisão com a Terra em abril de 2036. O artigo "On the deflections of asteroides with mirrors", disponível na internet, sugere o uso de satélites para desvio da trajetória do asteroide.


* Exoplanetas - Prof. Sylvio Mello



A busca e descoberta de exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) é difícil, devido a sua pouca luminosidade, geralmente ofucasa por uma estrela próxima.

As observações são indiretas. Quando uma estrela procorre uma trajetória reta, não há um planeta por perto para interferir, como por exemplo, a estrela de Barnard. Quando a trajetória da esterela é veriável, há grande chance de haver um planeta interagindo.

Mas como medir? Por meio da velocidade da estrela, verficada pela decomposição da luz e análise das suas linhas (raias) de absorção. Neste ponto, pode-se verificar o efeito Doppler, para determinar o afastamento ou a aproximação da estrela.

Se duas medidas das raias mostrar um deslocamento das mesmas, a velocidade da esttrela está variando; a interação gravitacional de um possível planeta pode ser o motivo.


Tarde

* O Sol: o gigante do Sistama Solar - Profa. Vera Jatenco



A aula abordou uma descrição detalhada sobre a estrutura e as características da nossa estrela mais próxima. A energia produzida no núcleo, que depende de altas temperaturas e densidade, é transportada até a superfície do Sol (fotosfera) e depois emana para o meio interplanetário. No núcleo, a temperatura pode alcançar incríveis 15 milhões de graus Kelvin!

Esta energia é transportada por irradiação zona radiativa) e convecção (zona convectiva). Este processo é lento, sendo que a luz pode levar 1,5 milhão de anos para ir do núcleo à superfície.

O interior do Sol é estudado através da heliosismografia, ou seja, os sismos solares (heliomotos).
Em realção às manchas solares, estas apresentam forte campo magnético, que inibe a convecção e, desta forma, é uma zona "mais fria".

O Sol apresenta uma rotação diferencial: o equador gira mais rápido (25 dias) do que os polos (34 dias).

Do núcleo à cromosfera, a temperatura diminui; entretanto, na zona de transição, a temperatura aumenta até ma coroa solar (em torno de 1 milhão de graus Kelvin). Explicações: a zona convectiva gera ondas acústicas, que alcançam a zona de transição e nela se dissipam, gerando aquecimento, mas isto justifica apenas o aquecimento inicial.

Vento solar: carrega cerca de 1 milhão de toneladas de plasma aquecido (a 100 mil graus Kelvin) e carregado (prótons, elétrons e íons) por segundo. Esta é a forma de perda de massa por parte das estrelas. Este vento solar interage com o campo magnético da Terra, o que gera nos pólos terrestres as auroras boreal e austral.

Atividade solar: ciclo de 11 anos, onde há aumento e diminuição de manchas solares. O ciclo magnético dura 22 anos, com inversão dos polos magnéticos. Nisto podemos relatar o Mínimo de Maunder, que durou em torno de 70 anos (entre os séculos 17 e 18), o que gerou uma pequena glaciação. Um bom artigo pode ser obtido em: The Maunder Minimum - John A. Eddy - Science, New Series, Vol. 192, No. 4245. (Jun. 18, 1976), pp. 1189-1202.


* Estrelas - Prof. Jorge Meléndez


As estrelas tem seu estudo baseado, dentre outras coisas, pelas suas cores e luminosidade, o que revela sua temperatura. Uma das consequências é o Diagrama HR e as linhas espectrais, que revelam a composição química das estrelas. Também pode-se determinar a massa e a idade das mesmas.

Uma dos fatos interessantes é a presença de astrônomas no estudo das linhas espectrais.

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