Este blog tem por finalidade divulgar as atividades do Clube de Astronomia do Colégio Estadual Alcebíades Azeredo dos Santos, de Viamão. E-mail: clubeastro.poli@gmail.com
terça-feira, 22 de março de 2011
Dia mais curto: efeito do terremoto japonês na Terra
Além disso, a ilha principal do Japão foi deslocada 2,44 metros, aí sim uma alteração sensível. Leia a matéria completa em http://www.circuitomt.com.br/home/materia/52426.
domingo, 20 de março de 2011
Super-Lua
É claro que pregadores do apocalipse associam um fato natural para vaticinar desgraças para a população terrestre. Mas a Super-Lua veio, foi embora e o que aconteceu? Por causa dela, nada. Agora, graças a nós, muitas coisas ruins tem acontecido...
Neste sábado, a lua se ficou no seu perigeu, que é o ponto de sua órbita mais próximo da Terra: 356.577 km de distância. Pelo fato da lua estar cheia, o efeito da aproximação acabou ampliado.
Desde 1993 o fenômeno não era observado e, quem acompanhou, pôde ver uma lua cerca de 30% mais brilhante do do que o normal. Um video da NASA explica o efeito, e pode ser visto no link http://www.youtube.com/watch?v=r1yalg_Apdw&feature=player_embedded.
Veja algumas imagens deste belo fenômeno pelo mundo:
Lua por trás do morro da TV, em Porto Alegre. Fonte: ClicRBS
Britânicos observam o fenômeno ao lado da Torre de St. Michael em Glastonbury, Somerset, Inglaterra Foto: Reprodução 'Daily Mail'
Super-Lua registrada no litoral catarinense. Fonte: Terra
sábado, 12 de março de 2011
EREA Jaraguá do Sul 2011 - 3º. dia
Na primeira hora, apresentação do professor Silvino de Souza, astrônomo-chefe do Observatório de Brusque (SC), sobre o Sistema Solar. Informações e curiosidades foram mostradas pelo professor, como:
- o Sol tem 5,2 bilhões de anos de idade, e nele caberiam 1 milhão e 400 mil "Terras";
- a temperatura na superfície solar é de 6 oooºC e de 1.500.000ºC no interior;
- a cidade de Vargeão (SC) foi contruída dentro de uma cratera de um meteoro;
- Vênus demora mais para dar uma volta em seu próprio eixo do que dar uma volta no Sol; ou seja, o dia venusiano é maior que o ano venusiano!
- a Terra viaja a 107.200 km/h em torno do Sol, ou seja, nunca podemos dizer que estamos parados!
- na útima década mais 3 planetas-anões foram descobertos: Haumea, Makemake e Eris, além da órbita de Plutão.
- para cada grão de areia na Terra, há 400 estrelas no Universo!
Professor Silvino e a palestra sobre o Sistema Solar.
Professor Silvino e eu.
Na sequência, oficina sobre as órbitas planetárias e confecção de um foguete para lançar em sala de aula com materiais recicláveis (garrafa PET, papelão e arames), orientada pelo professor Fábio Stogmuller, da UFRJ. Assista o "lançamento" acessando o link http://www.youtube.com/watch?v=QF1IH8Zud44.
Oficina sobre órbitas planetárias e foguetes de garrafa PET com o professor Fábio.
Por fim, palestra do professor do Colégio Estadual do Paraná (CEP) Amauri Pereira sobre o "Nascimento, vida e morte das estrelas".
Encerramento do EREA com a apresentação sobre as estrelas com o professor paranaense Amauri Pereira.
Fica aqui o registro de toda a cortesia, hospitalidade e organização do XIV EREA em Jaraguá do Sul por parte do pessoal do Instituto Federal de Santa Catarina - Campus Jaraguá e da Secretaria Municipal de Educação. Agradeço a todos e também aos colegas que tive a oportunidade de compartilhar atividades e experiências.
sexta-feira, 11 de março de 2011
EREA Jaraguá do Sul 2011 - 2º. dia
No primeiro momento ocorreu a palestra "Breve História da Astronomia", ministrada pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Adolfo Stotz Neto.
Na sua apresentação, destacou a astronomia ligada ao desenvolvimento e conhecimento humano, desde a Antiguidade até os tempos modernos. Trouxe os principais nomes da Astronomia, como o grego Anaximandro (~600 a.C.), que mostrava o Universo como a Terra e esferas externas (da Lua, estrelas e planetas e o Sol). Interessante também a origem do nome planeta, advindo de planan ektas (estrelas errantes).
Foi feita uma viagem ao pensamento grego e renacentista, com Copérnico, Galileu, Brahe, Kepler, Newton, Halley e Huygens e os modernos Cassini, Hubble e Einstein.
Em seguida, fala do professor Germano Afonso, sobre Astronomia Indígena. Salientou a cultura dos índios Guaranis, que tinham deuses para cada ponto cardeal e colateral, previsões sobre estações do ano pelo nascer e por-do-sol e conhecimentos sobre estrelas relevantes da Via-Láctea.
Professor Germano e eu (com a calça do Alcebíades...).
Fechando a manhã, o professor João Batista Canalle realizou oficina sobre como representar as distâncias astronõmicas (em proporção) em uma tira de papel.
Professores montando a atividade do Sistema Solar numa tira de papel.
Pela tarde, mais uma oficina ministrada pelo professor Canalle, sobre as estações do ano, com distribuição de material e contrução de um sistema Terra-Sol, para verificar a relação entre a insolação e a inclinação do eixo terrestre e as estações. Foi possível também ver com o material produzido as fases da Lua.
Montagem do sistema Terra-Sol e atividade mostrando as estações do ano.
O EREA é assunto para a imprensa local, como podemos ver: a TV RIC/Record fazendo reportagens sobre o evento.
Encerrando a jornada, palestra da professora Cristina Leite, do Instituto de Física da USP intitulada "Astronomia na educação básica: conquistas e desafios". Foram apresentados e debatidos com os presentes os motivos por quê a Astronomia está ausente das salas de aula (falta de capacitação dos professores, material didático, etc.) e o que está sendo feito para reverter o quadro, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Prograna NAcional do Livro Didático (PNLD) e projetos, como o EREA.
Professora Cristina levantando fatos que levam a Astronomia para fora dos currículos escolares.quinta-feira, 10 de março de 2011
Primeiro dia do EREA em Jaraguá
Abertura do XIV EREA com o professor Canalle.
Pela manhã, depois da abertura com as autoridades ligadas à Secretaria de Educação da cidade e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) - Campus Jaraguá, tivemos a fala do professor João Batista Canalle, organizador da OBA (Olimpíadas Brasileira de Astronomia), mostrando passo-a-passo, como se monta o galileoscópio.
Professor Canalle e eu.
À tarde, palestra do professor Germano Afonso, de Manaus, sobre A Via Láctea e o Caminho de Pearibu e Santiago de Compostela. Apontou que a Via Láctea seria o Caminho de Compostela celeste e quie o significado de Compostela é campo de estrelas. Sobre o Caminho de Pearibu, indicou que é o trajeto indígena pré-colombiano e transcontinental que liga os oceanos Atlântico e Pacífico e que os guaranis associavam a Via Láctea como o caminho dos deuses, o caminho que leva para o céu em vida.
Galileoscópio montado e suportado em garrapa PET, material de baixo custo.
Na sequência, oficina do professor Canalle referente à comparação entre oa tamanhos do Sol e dos planetas do Sistema Solar, com confecção de esferas com papel alumínio e jornal (panetas) em proporção e o Sol sendo um balão gigante de aniversário.
"Sol" ilustrado na forma de um balão gigante de aniversário.
No encerramento da noite, o professor Canalle mostrou o software Stellarium, suas configurações e aplicações, programa este já apresentado para os participantes do Clube de Astronomia e do Minicurso de Astronomia no Colégio Alcebíades. Ao fim, o professor Germano mostrou que os signos do Zodíaco equivalem à constelação onde o Sol se encontra no dia do nascimento da pessoa e o surgimento do Serpentário ou Ofiúro, novo signo surgido pelo deslocamento das estrelas (e consequentemente das constelações) na esfera celeste.
Fachada do Instituto Federal Santa Catarina (IFSC) - Campus Jaraguá do Sul.